O Ministro Luiz Roberto Barroso, do Superior Tribunal Federal (STF), afirmou que as convenções partidárias e a fase de testes das urnas eletrônicas são as principais dificuldades para a realização das eleições municipais de 2020 em meio a pandemia do coronavírus.

Barroso, que assume a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a partir do dia 26 de maio, sucedendo Rosa Weber, sustentou que há questões políticas e operacionais que podem atrapalhar as eleições de outubro. As políticas, segundo o ministro, são as datas da convenções partidárias, com limite até o dia 05 de agosto e implicam em aglomerações. Além do início da campanha, datado para 15 de agosto. “Portanto, se houver risco de aglomerações em agosto, temos um problema”, disse Barroso.

Com isso, o operacional também fica prejudicado, uma vez que o sistema de urnas eletrônicas funciona primorosamente vem, mas depende de testes de segurança ao longo do período. “Temos como marco junho para fazermos os testes e correções. Já temos o número de urnas suficiente para fazermos as eleições. A despeito disso, periodicamente se substitui uma parte das urnas que vão ficando antigas. Se isso não for possível, apenas teremos que aumentar o número de eleitores por urna”, enfatizou.

Além disso, o ministro voltou a externar a preocupação com as datas das eleições, 04 e 25 de outubro, mas defendeu o posicionamento contrário á prorrogação de mandatos.

“A prorrogação de mandato deve ser evitada até o limite do possível. Se ocorrer, que seja pelo mínimo tempo possível. Sou totalmente contrário à ideia de se fazer coincidir com as eleições em 2022, por questão de respeito ao princípio democrático, pois os prefeitos e vereadores foram eleitos por quatro anos e não têm mandato popular para ir além. Acho que não mudar as regras do jogo é um valor importante a ser preservado”.

o ministro finalizou reiterando que, caso haja um adiamento das eleições, o fará de modo para que seja por poucas semanas.