Política é feita com diálogo. Quando isso falta, dá abertura para crises.
No ano que antecede as eleições de 2024, muito visada pelo grupos políticos de Rio Branco, vários desencontros estão sendo presenciados. O principal deles é entre o prefeito Bocalom e o senador tido como padrinho político para a vitória em 2020 — após a terceira tentativa — Sérgio Petecão.
Os ânimos exaltados e precipitados também envolvem outros grupos, com o MDB, que emitiu uma nota de repúdio contra declarações de alguns de seus membros:
“A Executiva Municipal do Movimento Democrático Brasileiro de Rio Branco [MDB] repudia qualquer manifestação ou declaração de seus militantes que tenha cunho agressivo aos seus membros do partido. Assim, orienta a todos os dirigentes e parlamentares, não se pronunciarem em nome da agremiação publicamente, sem antes haver uma prévia decisão do órgão partidário, ou seja, sua Executiva e Diretório respectivamente”, disse em trecho.
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A nota, muito provavelmente se refere às declarações do vereador João Marcos Luz, que recentemente ocupou a vaga de Emerson Jarude na Câmara de Rio Branco, que disse ao site AcreNews sobre um boato de que o ex-prefeito Marcus Alexandre estaria sendo sondado pelo MDB:
“Não posso ser obrigado a se envolver nisso (sic). Ontem estávamos combatendo Marcus Alexandre e o PT. Por que o MDB esquece da sua própria trajetória contra o PT e a esquerda do Acre? Não sou eu que estou mudando meus princípios”, disse.
O partido entendeu a declaração como um ataque aos dirigentes da sigla:
“O posicionamento pessoal de cada membro do partido não deve ser usado para destratar ou ofender, qualquer filiado da sigla, podendo o ofensor ser levado diretamente ao Conselho de Ética”, diz outro trecho.
João Marcos Luz é o líder do prefeito Tião Bocalom na Câmara.
O MDB não só alertou o vereador de que ele pode ser levado ao Conselho de Ética, como desmentiu o boato de que o ex-petista poderia disputar as eleições pela sigla, anunciando o próprio Emerson Jarude como pré-candidato.