CURIOSIDADE

Potó ou Maria-Fedida: por que esse inseto fede tanto?


Seja você um agricultor no Brasil ou um proprietário de casa com uma pequena horta, o potó, também conhecido como maria-fedida, pode ser uma praga bastante familiar. Esses percevejos fedorentos não representam um risco à saúde humana, mas seu impacto destrutivo na agricultura e nas plantas é um problema que merece atenção. A pergunta na mente de todos é simples: como podemos controlar este inseto onipresente de maneira ecologicamente correta?

A Anatomia do Problema da Maria-Fedida

Conhecidas pelo odor distintivo que libera quando ameaçada, a maria-fedida possui notável adaptabilidade. Ela muda de cor de acordo com a temperatura e tem uma dieta versátil. Segundo Antonio Panizzi, um pesquisador proeminente da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), esses insetos causam danos às plantas através de uma técnica de alimentação única. Eles injetam toxinas nas plantas enquanto sugam nutrientes, o que resulta na desvalorização da safra e na redução da produtividade.

Embora a maria-fedida não transmita doenças nocivas aos humanos, sua proliferação é um problema urgente para agricultores em grande escala e pequenos jardineiros. Elas são conhecidas por danificar frutas, grãos e leguminosas, com atividade máxima de outubro a dezembro e de março a abril. Para muitos, isso significa uma invasão em grande escala justamente quando as safras e jardins estão em suas fases de crescimento.

Por Que a Maria-Fedida Fede Tanto?

Uma pergunta intrigante e muitas vezes feita é: por que a maria-fedida tem um odor tão forte? Este aroma desagradável, que muitos comparam ao cheiro de sujeira misturado com algo mais pungente, não é apenas uma peculiaridade. Na verdade, é uma sofisticada estratégia de defesa que esses insetos desenvolveram ao longo de sua evolução.

A maria-fedida possui glândulas especializadas que produzem uma substância química de odor forte. Quando ameaçada, a maria-fedida libera esse líquido como um mecanismo de defesa para afastar predadores. Este odor é tão forte e desagradável que consegue dissuadir a maioria dos inimigos naturais da maria-fedida, incluindo pássaros e outros insetos carnívoros. O cheiro também pode servir para alertar outras maria-fedida nas proximidades de um perigo iminente, funcionando como uma espécie de sistema de alerta.

Esta estratégia de defesa é tão eficaz que influenciou não apenas o comportamento dos predadores, mas também as táticas usadas pelos humanos para controlar essas pragas. Por exemplo, a busca por métodos de controle ambientalmente corretos é em parte impulsionada pelo desejo de evitar o desagradável odor liberado quando esses insetos são esmagados ou perturbados.

*Texto de Mistérios do Mundo

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Redação

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