Entenda os impactos globais da saída dos EUA do Acordo de Paris

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar o país do Acordo de Paris gera impactos em várias esferas globais. A medida, oficializada por ordem executiva no início do novo mandato, coloca o segundo maior emissor de gases de efeito estufa fora do principal tratado internacional de combate às mudanças climáticas, ao lado de países como Irã e Iêmen.

Repercussões climáticas

A saída dos EUA, responsável por 13,6% das emissões globais, enfraquece os esforços para limitar o aumento da temperatura global a 2 ºC acima dos níveis pré-industriais, como estabelece o Acordo de Paris. Especialistas alertam que a ausência norte-americana pode reduzir a pressão sobre outros grandes emissores, como a China, que representa 32% das emissões globais.

A decisão também elimina as metas de redução de emissões apresentadas pelos EUA durante a administração Biden. Estudos indicam que o impacto dessa mudança pode gerar emissões adicionais de até 4 bilhões de toneladas de dióxido de carbono até 2030, dificultando os esforços para manter o aquecimento global abaixo de 1,5 ºC.

Consequências econômicas

A retirada dos EUA do Acordo de Paris ocorre em um contexto de crescente investimento global em energias renováveis, que deve ultrapassar US$ 3 trilhões em 2024. Enquanto países como a China expandem suas lideranças em tecnologias limpas, como veículos elétricos e energia solar, especialistas apontam que os EUA podem perder competitividade nesses mercados.

Além disso, medidas como a possível revogação da Lei de Redução da Inflação, que promoveu energia renovável e empregos verdes durante a gestão Biden, podem afetar negativamente a capacidade do país de acompanhar a transição energética global.

Efeitos políticos e diplomáticos

A saída dos EUA do Acordo de Paris também sinaliza um possível enfraquecimento do compromisso global com a ação climática. Laura Schäfer, da ONG Germanwatch, alerta que a decisão pode inspirar outros países a reduzirem seus esforços, impactando diretamente as negociações climáticas.

Por outro lado, a União Europeia e a China podem se consolidar como lideranças globais na agenda climática, buscando fortalecer os compromissos do Acordo de Paris. A próxima conferência do clima, COP30, que ocorrerá em Belém, no Brasil, será um teste crucial para medir a capacidade de cooperação internacional sem a participação plena dos EUA.

Respostas locais nos EUA

Governadores, prefeitos e empresas nos EUA indicaram que continuarão trabalhando para reduzir emissões, mesmo sem o apoio federal. A coalizão “We Are Still In” e a US Climate Alliance reforçam que a ação climática permanecerá uma prioridade em nível subnacional.

A saída oficial dos EUA do Acordo só será concluída em um ano, mas os efeitos da decisão já reverberam, destacando os desafios globais de manter o compromisso com a mitigação das mudanças climáticas em um cenário de fragmentação política.

Se precisar de ajustes ou novos focos, posso refinar o texto.

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