Jonas Lima, presidente da Cooperativa de Produtores de Café do Vale do Juruá (Coopercafé), afirma que a crise climática e a baixa produção de café no Brasil são responsáveis pela alta no preço do produto. Segundo ele, as mudanças climáticas impactam a produção, insuficiente para atender o mercado interno e externo. “O mundo está vivendo um problema climático, e a produção de café não está suprindo a necessidade dos consumidores”, declarou Lima. “O Brasil não possui estoque para exportação e mercado interno, elevando os preços”.
Pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) revela que o café conilon teve alta de 138,2%. A previsão é de que a situação permaneça até 2025, com aumento também no preço de açúcar e carne.

Mudanças climáticas: um desafio para a cafeicultura
As mudanças climáticas desafiam a produção de café no Brasil e no mundo. O aumento da temperatura, alteração nos padrões de chuva e eventos climáticos extremos, como secas e geadas, afetam as plantas e a qualidade dos grãos.
No Brasil, as mudanças climáticas impactam as regiões produtoras do Sudeste. Altas temperaturas e escassez de água reduzem a produtividade e a qualidade do café arábica.
Na Colômbia e Etiópia, o aumento da temperatura e a proliferação de pragas e doenças prejudicam o cultivo.
A busca por variedades de café resistentes e práticas agrícolas sustentáveis são essenciais para garantir a produção futura. Sistemas agroflorestais, irrigação eficiente e diversificação de culturas contribuem para a sustentabilidade da cafeicultura.
Vale do Juruá: nova fronteira do café
A região do Vale do Juruá, no Acre, destaca-se pela produção de café. O café local conquista prêmios em concursos nacionais e internacionais, atraindo investimentos e impulsionando a economia.
A produção de café no Juruá iniciou na década de 1930 com migrantes nordestinos. Nas últimas décadas, a cafeicultura expandiu e se profissionalizou com novas tecnologias e práticas agrícolas.
A Cooperativa de Produtores de Café do Vale do Juruá (Coopercafé) desempenha papel fundamental no desenvolvimento da cafeicultura na região. Fundada em 2002 por um grupo de pequenos produtores, a Coopercafé busca fortalecer a produção local, promover a qualidade do café e garantir melhores condições de comercialização para seus cooperados. A cooperativa investe em assistência técnica, capacitação e infraestrutura para beneficiamento do café, contribuindo para a produção de grãos de alta qualidade que conquistam mercados exigentes.
O clima e o solo da região favorecem o cultivo. Produtores investem em práticas sustentáveis, como sistemas agroflorestais e fertilizantes orgânicos. A cafeicultura gera renda e empregos no Juruá. O café local conquista espaço no mercado nacional e internacional, com futuro promissor na região.